quarta-feira, 25 de abril de 2012

Localização

Durante a Idade Média, a cidade de Tomar cresceu entre o monte do castelo e o rio. Santa Maria ficava na outra margem, entre terrenos cobertos de oliveiras e foi daí que surgiu o nome da Igreja, Santa Maria dos Olivais.
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Origens e desenvolvimento da construção

A primeira construção que aqui existiu foi um mosteiro cristão, no século VII, quando ainda faltava muito tempo para Portugal nascer. 
No século XII, Gualdim Pais manda construir uma igreja sobre as ruínas desse velho mosteiro. 
D. Gualdim também edificou uma poderosa torre, para proteger o templo de possíveis ataques.
Antes da reconstrução da torre, esta era só o 1º andar.

A torre de Santa Maria, antes de 1940



Dessa época, além da torre, apenas restou o portal lateral da igreja, soterrado durante muitos anos.


O portal de D. Gualdim, redescoberto durante o restauro de 1940


O portal de D. Gualdim, depois de restaurado

Este portal românico é a parte mais antiga e tudo o que resta da igreja construída por D. Gualdim Pais.


Terminada a guerra com os árabes, a paz trouxe um novo estilo de arquitetura que a Europa já conhecia, o gótico. A meio do século XIII, sobre o templo de D. Gualdim, os Templários ergueram a igreja de Santa Maria dos Olivais.  

Santa Maria foi uma das primeiras construídas neste estilo e serviu de modelo a grande parte das igrejas góticas erguidas no nosso país, como a igreja de S. João Batista.

Igreja de S. João Batista, séculos XV-XVI

A igreja sofreu grandes alterações no século XVI, a maior foi o acrescento de uma grande varanda com alpendre, durante o reinado de D. João III. Sobre esta varanda foram construídas cinco capelas.
Capelas laterais no interior da igreja de Santa Maria

Nesta altura, foram destruídos os túmulos dos Mestres Templários e da Ordem de Cristo que estavam no interior da igreja. O tampo de um desses túmulos foi encontrado perto da igreja, fazendo de ponte sobre um ribeiro.



Parte do túmulo de D. Martim Martins, Mestre dos Templários que viveu em meados do séc. XIII


Ao longo dos séculos, o desprendimento de terras soterrou parcialmente a igreja. Por outro lado, o monumento foi sofrendo acrescentos que alteraram o templo original.
Igreja de Santa Maria antes de 1940


Em 1940, Santa Maria sofreu um grande restauro que procurou resolver estes problemas e deu à igreja o aspeto que lhe conhecemos.

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Principais motivos de interesse


A rosácea é o nome da abertura redonda, sobre o portal, por onde a luz entra e ilumina a igreja. É o elemento mais belo e artístico de todo o exterior do templo.

Rosácea vista do interior da igreja.


As doze pétalas da rosácea são decoradas por pequenos vidros coloridos, feitos a partir de pedaços do vidro original encontrados durante o restauro de 1940.




Interior da Igreja

Na capela-mor está uma linda imagem de Nossa Senhora do Leite, do século XVI. A imagem é assim chamada por representar Nossa Senhora a amamentar Jesus.

Também na capela-mor, sobressai o túmulo de D. Diogo Pinheiro, 1º Bispo do Funchal. É já do estilo renascença e pensa-se que foi feito pelo escultor João de Ruão, um dos mais importantes desse tempo.

Na arca, com a data de 1525, repousam os restos mortais de D. Diogo Pinheiro.

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terça-feira, 24 de abril de 2012

Necrópole


Até ao século XIX, os cemitérios não eram espaços fechados como hoje.

Os enterramentos eram feitos no interior dos templos e no terreno à sua volta, no adro da igreja.

Escavações arqueológicas, realizadas no adro de Santa Maria em 2008/09, puseram a descoberto o antigo cemitério, a maior necrópole medieval descoberta na Europa.
Os materiais encontrados, como moedas, permitiram datar enterramentos realizados no século XV. Já antes serviria como cemitério, dado que as sepulturas no interior da igreja recuam ao século XIV.




Imagens das escavações arqueológicas

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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Lendas e Curiosidades


Existe uma lenda que fala de um túnel feito pelos Templários, ligando o castelo a Santa Maria dos Olivais. No chão da igreja existe uma laje maior que as outras e alinhada de forma diferente, diz a lenda que ali terminava o túnel…


Quando foram destruídos os túmulos dos Mestres Templários e da Ordem de Cristo, sobraram apenas 4 lápides funerárias, uma delas a de D. Gualdim Pais.
É na segunda capela, vindo da entrada, que está a lápide funerária de D. Gualdim. A ele se deve a construção do castelo e a fundação de Tomar (1160).

Lápide funerária de D. Gualdim Pais, século XII. "Aqui jaz o irmão Gualdim, Mestre da Ordem dos Templários de Portugal, em 1195 nos idos de Outubro, aqui no Castelo de Tomar, que como muitos outros povoou. Descanse em paz." (tradução adaptada)